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Dependência Química - Prevenção à recaída. A importância do tratamento Espiritual: Um ensaio científ


Por Claudio Lopes - Diretor Presidente do Centro de Tratamento Bezerra de Menezes

A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO ESPIRITUAL: UM ENSAIO CIENTÍFICO Prevenção da recaída em pacientes portadores da síndrome da dependência química.

Se a abstinência a substâncias psicoativas é objetivo fundamental para muitos dos pacientes portadores dessa síndrome, especialmente quadros em situação de alto risco, requerendo internação em Unidades Especializadas, a manutenção da abstinência confortável, através da conquista do equilíbrio físico e emocional, também conhecida como sobriedade, passa a ser o objetivo seguinte.

O capítulo 19 do livro “Aconselhamento em Dependência Química” traz em sua introdução (1) traz em sua introdução:

“O termo ‘prevenção de recaída’ refere-se a uma ampla variedade de técnicas, quase todas cognitivas ou comportamentais (*). Convém ressaltar que a grande maioria dos programas de prevenção de recaída embasa-se no modelo teórico do processo de recaída, proposto por Marlatt em 1985 (2), para o qual vários outros autores contribuíram após sua formulação pioneira”. (*) - grifo nosso.

A seguir, na mesma introdução, os autores explicam que “.... A prevenção da recaída busca, essencialmente, mudar um hábito autodestrutivo e manter (*) essa mudança”. (*) - grifo nosso.

As intervenções específicas consistem na identificação de situações de alto risco para um determinado indivíduo, no desenvolvimento de estratégias para lidar efetivamente com essas situações e em mudanças nas reações cognitivas e emocionais associadas (2). O próprio paciente ajuda ativamente a identificar as situações que, para ele, se configuram como sendo de alto risco, que podem envolver fatores intrapessoais (como conflitos e pressão social). Identificadas tais situações, o paciente precisa então aprender mecanismos de manejo mais efetivos, incluindo estratégias cognitivas, atividades substitutivas planejadas individualmente e uso gratificante do lazer. As estratégias envolvem aprender a evitar riscos desnecessários e a lidar positiva e confiantemente com os riscos inevitáveis (1). Essas intervenções têm também o objetivo de prevenir que um pequeno lapso ou escorregão se torne uma completa recaída (2).

O modelo proposto por Marlatt embasa-se na Teoria de Aprendizagem Social de Bandura (3). Segundo essa teoria, o comportamento de uso ou abuso de substâncias é aprendido, e sua frequência, duração e intensidade aumentam em função dos benefícios psicológicos alcançados (4). Da mesma maneira, este mesmo comportamento pode ser alterado, mudando-se os fatores que sabidamente o afetam, tais como as condições antecedentes, as crenças, expectativas e as consequências que o seguem (2).

TRATAMENTO ESPIRITUAL COMO PREVENÇÃO À RECAÍDA

O Tratamento Espiritual é um aliado importante para a manutenção e abstinência do paciente, ou seja, é uma ferramenta de prevenção à recaída. Através de análise das Leis da Vida o paciente é conscientizado sobre a necessidade de mudar valores e velhos hábitos, impedindo que sua mente acione gatilhos para o uso químico. Sabemos que abstinência só não basta. É preciso mudar o padrão vibratório de energia, o ambiente no qual estamos e as amizades, para além de manter a abstinência, viver com qualidade de vida (igual a manter a sobriedade).

O conteúdo a seguir é o estudo de técnicas utilizando conceitos de origem acadêmica, já preconizadas por antigos Profetas, e hoje comprovadas cientificamente, fruto do trabalho de conclusão de curso de especialização em dependência química na UNIAD\UNIFESP, obtido pelo autor.

O jornal “O Estado de São Paulo”, edição de 26 de novembro de 2000, noticiou que o menino inglês Harry Fairweather, com oito anos de idade, emitia ondas magnéticas de grande intensidade, capazes de atuar em dispositivos eletrônicos e até alarmes de lojas e supermercados causando, às vezes, transtornos à sua mãe que precisava tirar as compras do carrinho.

O ocorrido, pesquisado por cientistas ingleses, chamou a atenção pelo fato de o cérebro de Harry ser um transmissor poderoso, capaz de interagir com circuitos eletrônicos ligando-os e desligando-os, como, por exemplo, acionar alarmes. Mas não é um caso isolado. Esses fenômenos são comuns e pesquisados no campo da Parapsicologia desde a década de 1930.

O que se sabe hoje, comprovado através de pesquisas científicas, é que nosso cérebro é um poderoso transmissor de energia, o que possibilita atuarmos sobre o meio ambiente, sobre a comunicação entre seres humanos e até mesmo animais, através da Telepatia. O cérebro é um transmissor de ondas mentais ativadas através dos pensamentos, semelhante ao processo de transmissão de rádio, celular ou TV, onde há um sinal radiante (onda portadora) que leva uma informação (modulação). A diferença básica é que o sinal de rádio é uma onda eletromagnética e o cérebro transmite um campo mental, ou seja: a mente (espírito) age (informação) sobre o cérebro produzindo o sinal radiante (onda portadora). Em outras palavras, o cérebro transmite o que a mente (ou o coração) gera. “Onde estiver o teu coração, aí estará o teu tesouro” (Jesus).

As energias radiantes em geral, sofrem atenuação pelo meio em que se propagam, menos o campo mental. Quanto maior a frequência, menor a absorção, em linhas gerais. Entretanto, as ondas transmitidas pelo cérebro têm uma frequência tão elevada - não possível de serem avaliadas pela tecnologia atual - que não são absorvidas pelo meio, diferente do que acontece com as ondas de rádio, que são transmitidas por torres em baixa frequência, o que possibilita a absorção e, por este motivo, dependendo do local onde estamos, essas ondas sofrem interrupções. O mesmo acontece com a propagação do som. Já em relação ao campo mental, não sofrendo atenuação quando se propaga, será lícito deduzir que nunca deixam de existir. Este fato foi comprovado através de exercícios de Telepatia, onde emissores foram colocados em submarinos que desceram grandes profundidades ou em caixas fortes de Bancos com largas paredes de aço, observando-se que nada impede a propagação da onda mental. O índice de acertos foi igual aos testes feitos com pessoas que realizaram o exercício em salas próximas e não foi possível interromper a transmissão da energia do pensamento. Não há obstáculos para ondas mentais. Podemos ficar doze dias sem comer, quatro dias sem beber e até quatro minutos sem respirar, em média, mas não sem pensar. A mente está sempre trabalhando. Nossa usina mental trabalha mesmo durante o sono, conforme comprovado através de eletroencefalograma realizado quando o indivíduo está dormindo. Então não deixamos de pensar e o cérebro continua a emitir energia para o ambiente. Esta é uma característica inerente ao ser humano. Dormindo produzimos pensamentos independente da nossa vontade. Despertos podemos educar nossos pensamentos escolhendo em que pensar. Portanto, nossos pensamento são uma forma de energia radiante, transmitida através de ondas que não sofrem atenuações pelo meio. “A telepatia é a única linguagem de que podem servir-se para dialogar com as estrelas”. “... para a Telepatia as distâncias não existem e o tempo não oferece empecilhos. As mentes se comunicam num plano superior ao do condicionamento físico de espaço e tempo” (9). Admite-se que os nossos pensamentos são eternos: o que se pensa agora, ganha o espaço e existe pela eternidade. Nossos pensamentos estão presentes no meio ambiente, têm nossa identidade, mas não são mais de nossa propriedade. Pertencem ao Cosmos. Os estudiosos admitem que encontram-se presentes na Psicosfera terrestre todas as imagens mentais produzidas desde que o homem desenvolveu vida considerada inteligente, algo como vem ocorrendo desde 50.000 a 60.000 anos, conforme registram escavações no vale do Rio Neander. Vivemos, assim, num oceano de imagens de padrões vibratórios diversos. A vida dos santos e dos facínoras está viva!

ALBERT EINSTEIN: RELAÇÃO ENTRE MASSA E ENERGIA

O cientista alemão Albert Einstein deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: E=mc². Einstein considerou esta equação extremamente importante porque mostra que a energia e a massa estão relacionadas entre si. A ideia serviu mais tarde para explicar como é que o Big Bang, uma explosão de energia pura, pode ter dado origem à matéria.

Portanto, o que tem de sobra no Cosmos, que o Criador produziu e disponibilizou, é energia. Eventualmente os campos de energia podem se encontrar e desse encontro pode se formar a matéria. O que existe na verdade em abundância no universo é a ausência de matéria. A matéria é efêmera, portanto, quando pensamos que após a morte tudo acabou, estamos enganados, assim sendo, a vida é efêmera, é transitória e nossa origem e tudo o que existe no Cosmos é espiritual, é fora da matéria.

Através da fórmula de Einstein, podemos medir a quantidade de energia desses campos que se unem para formar a matéria. Concluímos então que a matéria é a mutação da energia e a energia pode voltar da matéria, é o princípio da bomba atômica e da desmaterialização.

JAMES CLERK MAXWELL: ENERGIA PRESSIONA O MEIO

Outro importante cientista, o inglês James Clerk Maxwell, afirmou que as cargas elétricas estão armazenadas em grande quantidade nos corpos ao nosso redor, mas a percepção delas não ocorre facilmente. Objetos carregados interagem exercendo forças uns sobre os outros (6).

Portanto a energia radiante, viajando, pressiona o meio e o modifica. Nossos pensamentos viajam impactando as paredes de nossa casa, ambiente de trabalho e objetos que utilizamos.

ENERGIA X MEIO

As duas teorias anteriormente citadas servem como base para entendermos o que acontece ao nosso corpo. Como foi dito, essas ondas (energia) irradiadas com a força de nosso pensamento, podem ser comparadas às ondas de rádio, e da mesma forma o corpo funciona como uma torre de transmissão (antena). Essa torre transmite uma energia radiante, conhecida como onda eletromagnética. Todo elemento radiante forma em torno de si um campo de energia, que no caso da torre é um campo elétrico, no corpo humano esse campo de energia mental é conhecido como: Psicosfera (EUA) - Psico (mente) e sfera (volta); Campo Mórfico (Europa); ou, para os sensitivos e médiuns, Aura.

Sendo uma energia tão poderosa, que influencia o meio e impacta nos objetos, em algum momento de nossas vidas essa força retornará a nós. Devemos ter o cuidado de nos mantermos vigilantes sobre a qualidade dos nossos pensamentos, observando qual a bola que estamos jogando na parede - Lei da Ação e Reação - Isaac Newton.

Portando, Aura, Campo Mórfico ou Psicosfera é resultante da forma de pensar do indivíduo e de como ele encara a vida. Representa sua marca, suas emoções e retrata o padrão de vida de cada ser humano. Podemos enganar as pessoas, não a Vida ou o Universo. Está tudo registrado. Quando pensamos irradiando essa energia através da projeção dos nossos “filmes mentais”, interferimos diretamente no meio, ou seja, em nosso lar, nosso carro, nossos animais, plantas, afinal, tudo abrange este campo de energia e, como ela não é atenuada, o que pensamos há 20, 30 ou 40 anos está vivo no Cosmos e pode ser resgatado a qualquer momento.

Considerando-se tais afirmações, podemos dizer que nossa casa guarda nossa Aura, as características de nossos pensamentos e a memória dos nossos sentimentos e emoções.

CIRCUITOS SINCRONIZADOS

Essa energia também é transferida de pessoa para pessoa, podendo ser comparada a circuitos sintonizados. É a base das transferências de campos. Quando temos uma bobina (fio de cobre enrolado) ligada a um condensador (duas chapas metálicas isoladas) ajusta-se uma determinada frequência. Este circuito absorve a energia que está na mesma frequência. Este circuito absorve a energia que está na mesma frequência. As demais são ignoradas, é o que acontece com as transmissões de rádio e é representado através da fórmula:

Se colocarmos outro circuito semelhante ao lado, ajustado na mesma frequência, a energia se transfere de uma para o outro, ou seja, eles entram em sintonia, sem ser necessário o contato físico. A proximidade é o bastante para sentirem-se os campos:

Por outro lado, se a frequência entre os circuitos for diferente ela a ignora. É o processo de seleção das emissoras de rádio. Cada emissora tem uma sintonia, assim uma estação não interfere com outra quando elas possuem frequências distintas.

Com o ser humano este processo é semelhante, ou seja, quando duas pessoas estão com a mesma faixa de energia, entram em sintonia. Nós não percebemos um campo de energia se ele for igual ao nosso, mas toda vez que entrarmos em um campo, numa Psicosfera diferente daquela local. Isso quer dizer que quando nos relacionamos com uma pessoa que tem o mesmo padrão de comportamento, nós entramos na mesma faixa de sintonia mental (empatia), é feita uma troca de energia. Já a falta de sintonia é o que chamamos de antipatia.

A vida está em sintonia com o padrão de ser de cada indivíduo, da sua Psicosfera. Tendemos a buscar situações e pessoas iguais ao nosso padrão de pensamentos e atitudes. Não haverá sintonia quando encontrarmos pessoas e lugares diferentes à nossa Psicosfera.

Por isso, pessoas com má conduta de comportamento não se sentem bem em ambientes éticos, em templos ou igrejas, onde o padrão vibratório é bom, porque abrigam bons pensamentos, preces. Pessoas preguiçosas não gostam de bibliotecas. Não há sintonia (empatia), pois a energia é outra, estão em outra “frequência” (ociosiade).

Em relação ao tratamento da dependência química, a medicação ajuda, a terapia em grupo ou individual esclarece, mas o tratamento e a prática espiritual, independente da religião, é o que modifica o comportamento de cada um. Quando falamos de tratamento e prática espiritual, nos referimos também à construção de valores éticos e morais, qualidade de vida e conduta.

E considerando-se que a Psicosfera é formada a partir dos sentimentos e emoções e por ser transformada (*) de acordo com a capacidade com a capacidade de fazer diferente,a forma como nos comportamos, nos vestimos, as músicas que escutamos, o grupo com o qual nos relacionamos ou representamos, o local onde estamos ou que procuramos, todos estes fatores refletem nesta energia. Neste momento o apoio da família também traz bons resultados, pois há uma mudança ainda maior no ambiente, no campo da residência do paciente, pois é onde prevalentemente está sua Psicosfera. (*) Teoria da Conservação - Lavoisier

DESENVOLVENDO A ESPIRITUALIDADE: A BASE DA RECUPERAÇÃO

Entendemos então, que o primeiro passo para a recuperação é a abstinência, o segundo passo é manter um compromisso com a abstinência através da busca do autoconhecimento, realizado através de terapias de grupo, individual, frequência em grupos de autoajuda e o terceiro passo é mudar o comportamento, colocando em prática o conhecimento adquirido.

É importante mudar a frequência para mudar a sintonia, caso contrário, acionará o gatilho para a recaída. Até que o cérebro seja educado é necessário manter distância de locais e pessoas relacionados ao padrão do comportamento compulsivo, neste caso a dependência química.

A ajuda da família é importante neste momento, mas a nossa mudança não pode estar ligada à mudança do outro. Eu não tenho o poder de mudar o outro, mas é através de um novo comportamento que posso o influenciar.

Para que ocorra a mudança, é necessário educar o comportamento, as emoções e o pensamento, a prática do bem, honestidade, os bons valores, as práticas espirituais, independente da religião, o vínculo com o Poder Superior e a confiança são a base da recuperação. Quando lançamos o bem, ele se reflete em nós, como um efeito boomerang ou a bola jogada na parede.

Portanto, para que o tratamento seja completo e para que o indivíduo tenha sucesso, é importante que faça uma revisão de seus valores, mude de sintonia. As atitudes têm que vir ao encontro do discurso. É preciso colocar em prática o que se aprende na teoria, desta forma a sintonia muda obtendo-se sucesso na recuperação. “Ajuda-te que eu te ajudarei”. (Jesus)

Compreender a força que o nosso pensamento exerce no universo é compreender que nos destruindo, destruiremos o todo; por outro lado, nos reconstruindo, contribuiremos para reconstruir o todo, pois nós fazemos parte dele.

"A cada um segundo suas obras" - Jesus

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. MILLER, W. R., HESTER, R. K. Treatment for alcohol problems: toward an informed eclecticism. In: MILLER, W. R. Handbook of Alcoholism Treatment Approaches - effective alternatives. Boston: Allyn & Bacon, 1995.

  2. CROWLEY, J. W. Drunkard’s progress: narratives of addiction, despair and recovery. Baltimore: John Hopkins University Press, 1999.

  3. GRANT, B. F., DAWSON, D.A. Alcohol and drug use, abuse, and dependence: classification, prevalence, and comorbidity. In: MCCRADY, B. S., EPSTEIN, E. E. Addiction - a comprehensive guidebook. New York: Oxford University Press, 1999.

  4. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS) E COMISSÃO INTRAMERICANA PARA O CONTROLE DO ABUSO DE DROGAS (CICAD). El tratamiento de los problemas relacionados com la dependencia de las drogas. In: OPAS E CICAD. La Dependencia de Las Drogas y Su Tratamiento - guia y cirterios básicos para el desarollo de programas de avaluación de la calidad y normas para la atención de la dependencia de drogas OPAS\CICAD, 2000.

  5. Contribuidores da Wikipédia. Publicado por Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: www.wikipedia.org.br, 2006.

  6. Contribuidores da Wikipédia. Publicado por Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: www.wikipedia.org.br, 2006.

  7. Contribuidores da Wikipédia. Publicado por Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: www.wikipedia.org.br, 2006.

  8. Mecanismos da Mediunidade-André Luiz.

  9. PIRES, J. HERCULANO. Parapsicologia Hoje e Amanhã - 10a. Ed. Editora Paidéia.

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